quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Como eu queria consumir

Eu não sou uma pessoa muito dada ao consumo. Nunca fui. Deve ser trauma pela minha mãe ter me arrastado por tardes infindáveis pelo calçadão de Santo André enquanto procurava sapatos baratos pra uma renca de filhos malcriados. Enfim, eu nunca curti super, na veia, aquela coisa de entrar em loja, pendurar 20 cabides nos braços e passar horas experimentando, ponderando, pagando etc.. Quando eu saio pra comprar alguma coisa, costuma ser menos cena de "Delírios de Consumo de Becky Bloom" e mais "Supermarket".

Ainda assim, eu pratico o consumo (consciente) porque, saco, mandar as crianças pra escola enroladas em papel-toalha parece que não é socialmente aceito. Então eu vou lá e adquiro umas roupas, uns calçados, uns creminhos (que a idade avança e a gente quer ser desapegado, mas não um desapegado parecido com a casca do maracujá). Vou na boa, a maioria das vezes - até me deparar com o combo "preço/qualidade/design" dos produtos que infestam as prateleiras de lojas, mercados e afins.

Eu sou meio chatinha, eu sei disso (por ser chatinha é que eu aprendi a falar "pimentão" em seis línguas, pra não ter o desprazer daquilo relar na minha boca). Mas eu realmente não acho que blusas devam custar o mesmo que meu primeiro carro. Portanto, saio de bico da maioria das lojas. Daí eu viajo e, chatinha (eu disse, "pimentão" em SEIS idiomas), acho certas marcas de fora mais baratas e agradáveis. Daí, suuuperchatinha, sonho em tê-las aqui na cidade, pertinho do coração e da carteira. Eu sonho bem com...

A Old Navy, onde as meias infantis não causam gangrena nas pernocas e um sapato custa como sapato, não como o aluguel de um apartamento.

A H&M, que segue a mesma linha e é outra loja onde a gente pode vestir os filhos sem ter que se explicar pro gerente do banco.

A The Container Store, só porque eu sou maníaca e adoro uma caixa organizadora, uma prateleira prática e um arquivo imaculado - tudo no mesmo galpão com infindááveis modelos de cada coisa.

A Toys R Us, porque além da caixa de Lego e de Playmobil custar algo razoável, tem um monte de brinquedos abertos para "a gente" "testar".

A Macy´s, porque eu compro até que pouco, mas quando compro a lista conta com coisas semelhantes como um jogo de lençol, uma faca de pão e uma chinela infantil. Não é pra amar e morrer de saudade de quando a gente tinha lojas de departamentos?

A The Body Shop, porque eu compro poucos creminhos, xampus e quetais, mas os melhores que já comprei foi desse mix de loja descolada com loja natureba.

Um Chipotle. Tá, eu sei que não é artigo de vestuário que vende lá, e sim uns burritos da hora - e sei que eu moro em São Paulo e é absolutamente ridículo desejar MAIS UMA cadeia de fast-food. Mas eu gosto taaanto de um mexicano. E esse é o mais delícia que já comi.

Um In-n-Out. Tá bom, eu sei que citar uma cadeia de comida já é estúpido, que dirá duas. Mas é o meu hamburguer predileto - e como não ficar fã de uma rede que já tem quase 65 anos vendendo só um cardápio com meia dúzia de itens roots?

A Jo-Ann. Eu nem sou aquela titia que manja pacas de trabalhos manuais, mas só de entrar numa Jo-Ann a gente tem gana de começar a bordar, cerzir, fazer até aquele scrapbook brega.

Eu sei, todo mundo vai dizer "ah, tá, mas mesmo que tudo isso chegasse aqui, chegaria custando os tubos". Mas assim não, eu quero que chegue sendo tão bom e legal quanto já é e custando exatamente a conversão. Eu sei... eu consumo até que pouco, mas eu peço demais.

Eu quero bom, bonito e barato, sim. Pega eu.


6 comentários:

moniquinha disse...

Ahahaah

eu quero,pega eu tb!!

Kiyomi disse...

Oi Fla! Sou outra que não tem paciência pra ficar experimentando roupa, mas tem horas que eu preciso porque NUNCA a modelagem daqui do Japão se ajusta comigo (acredite, fica sobrando dos lados).
Das lojas que você citou, a H&M está pipocando bem aqui, outra que vale a pena e está pra chegar em SP é a Uniqlo, loja de conceito bom, bonito e barato, muitas roupas comprei de baciada quando eles fazem liquidação e as roupas são otimas, sem falar no ecologicamente correto nos dias de hoje - se com o tempo a roupa nao te serviu mais, pode levar em qualquer loja da rede para eles reciclarem e repassarem para países carentes.
Outra loja que eu AMO é a The Body Shop, por seus produtos natureba e conscientização da mulher. Eu garanto a integridade dos produtos, porque eles são otimos e baratos (bem, a linha anti idade é um caso a parte, mas nao custa o preço de um apartamento).

Eu quero, pega eu tambem! [2]

Anônimo disse...

EU TAMBÉM QUERO UMA BODY SHOP!!!!!!!!!! Cunhada, vamos trazer uma? rsrsrs Bjs, Dri

Sócia da Light disse...

Moni, pega nóis, né? Que mal tem querer? :-]

Kiyomi, já fui seguir a dica e fuçar a tal Uniqlo! Parece ótima! Mas não tem roupa pra criança, né? Se chegar mesmo em SP, vou orar pra Nossa Senhora do Guarda-Roupa deixar tudo num preço médio entre o bom-original e o convertido-indecente. ;-]

Dri: só se for HOJE. :-D

Nanael Soubaim disse...

Acredita se eu disser que nunca ouvi falar dessa turma?

Daniele disse...

ahahaha!!! boa boa!
sabe que eu tive um surto na macys e outro na H&M, comprei até roupa pensando na 'filha que ainda viria' e dei sorte de quase 1 ano depois engravidar de uma menina (que ainda não nasceu, falta pouco) e que vai vestir só daqui a um ano..rsrs

bora trazer essas lojas p cá com preços de Saint-Adnrew? (se bem q SAndré anda meio carinha) camelar no calçadão, mesmo nos tempos de hoje em busca de preços módicos é foooogo.

beijos