segunda-feira, 5 de março de 2012

1 livro + 1 série - 1 vergonha

Posso nem dizer que fico avexada de falar sobre esses gostos porque, ah, a vida é muito curta pra vergonhas.

1 livro
Eu fiquei sabendo que havia um filme, achei bonitinho. Mas soube que era baseado em um livro, o que me interessou mais. Porque o Matt Damon é um lindo e tals, mas é sempre bom conhecer a história pela boca de quem contou primeiro.

"Compramos um Zoológico" grudou como bala toffee na minha cabeça. Foi o título catchy, eu confesso: quem, por favor, compra um zoológico? Eu nem sabia que zoológicos estavam à venda - achei que era coisa de prefeitura ter zoológico. Coisa pública. Não é não. Bom, eu não sei como funciona no Brasil, mas agora sei tudo sobre comprar e administrar um zôo na Inglaterra.

Sim, porque o filme com o Matt Damon, me contaram, passa nos Estados Unidos. Eu acho que Hollywood compra direitos das histórias dos outros e, na preguiça de gravar além-mar com atores que falam inglês mais bonito, transformam tudo em "coisa nossa". Enfim, o verdadeiro Benjamin Mee, autor de "Compramos um Zoológico", é um inglês figura que faz de tudo. Formado em jornalismo e psicologia, é perito em trabalhos manuais, escreveu um livro sobre o humor dos animais, vendeu um apê em Londres e foi viver na França com a esposa e os dois filhos, Ella e Milo.

Daí um dia a irmã maluca desse maluco enviou a ele um prospecto falando sobre a venda de um zoológico particular em Dartmoor, lá na área mais chuvarenta da Inglaterra. A mãe maluca do maluco estava disposta a vender sua casona e mudar, junto com dois dos filhos malucos, pro zoológico. Ben topa e vai na fé - mesmo com jaulas de tigres inseguras, leões precisando de dentista, lobos desembestados, um porco-espinho furioso, um clima maldito, uma esposa com câncer, contas altíssimas.

A história do livro me pegou, eu confesso. A ousadia dessa gente de virar a mesa e começar de novo em um negócio familiar completamente fora de propósito me pegou. Eu curto essas loucuras. Eu li e quis comprar um zoológico e sair da mesmice e ir viver uma coisa diferente. Eu consertaria cercas e reformaria o restaurante e cuidaria da anta e dos pavôes com a família Mee. Tenho nem vergonha de dizer.

1 série
No princípio, era apenas "The Big Bang Theory", um seriado fdp de engraçado que me fazia ficar com um sorriso estampado por horas só de lembrar daqueles diálogos. E aí num dia, ao dar mamadeira pra Olívia e não poder soltá-la pra alcançar o controle remoto, fui obrigada a ver aquela série que vinha depois da minha. Uma tal de "2 Broke Girls".

Achei que mais uma série era demais no meu currículo, queria nem começar a acompanhar mais nada (mas vale informar que caí nessa e em "Alcatraz" também porque, né, "Lost" não foi suficiente pra me deixar aborrecida). Mas comecei.

Acontece que eram duas meninas, as protagonistas. Já gostei. E não é que era engraçadinha a premissa da socialite falida virar colega de emprego e de quarto de uma garçonete demente e boca-suja de Williamsburg? Ah, os diálogos eram bons. Nossa, as referências eram hilárias. Pronto, elas me ganharam.

Muito se fala de não haver, depois de "Friends", nenhuma série para trintões. Bom, eu não concordo. Simplesmente porque nós, trintões de hoje, somos imaturos demais, acho. E a gente se contenta com séries pra gente de 20 e poucos que sejam genuinamente divertidas. Essa é. "2 Broke Girls" é engraçada por ser a mescla da garota que a gente é com a que a gente queria ser. Ou porque é como as amigas de verdade se tratam em qualquer cenário financeiro. Ou só é engraçada porque é mesmo. Ora, não me pressione. Eu já disse que não tenho mais tempo pra vergonhas.

Max e Caroline


Os Mee

6 comentários:

Cristiane disse...

Flá, saiba que eu também gosto de "2 broke girls" e comecei a ver praticamente pelo menso motivo que você. Esse deve ser um bom jeito de fidelizar a audiência: Deixe um bebê no colo da pessoa e ela nunca mais vai conseguir alcançar o controle e mudar de canal!

moniquinha disse...

Aaaaa!! eu não consigo curtir Friends,não adianta,já The Big Bang..amo,acho divertidíssima ainda mais com mais meninas no elenco.
2broke girls,oba,mais gente gosta além de mim.

Tamara disse...

Também adoro 2 broke girls, mas acho que a série substituta de Friends para o público em geral é How I met your mother. Você já tentou assistir?? As primeiras temporadas são boas.

Eu só viciada em séries e acho até engraçado você achar muito acompanhar duas. hahaa

;)

Sócia da Light disse...

Mas o problema é que eu assisto três séries e uns 176 reality shows, Tamara. Quem suportaria? :-D

Smurfs, eu gosto, é muito legal. O lance da continha no final, do dinheiro que ela estão juntando, é divertidíssimo.

Cris, te dizer: já comecei a acompanhar muita porcaria desse jeito, amor. Por isso que eu acho que a Apple tem que inventar um dispositivo pra mães trocarem de canal só com a força do piscar o olho. ;-]

Paulinha disse...

Não curto tanto os filmes baseados em livros, ainda mais qdo eu já li o livro. Geralmente o roteiro foge totalmente do que eu li, mas enfim... como sou parente de São Tomé, eu sempre vejo pra crer rsrsrs.

Agora seriados como eu AMO assistir. Acompanho 90210. Desperate Housewives, Mike & Moly, Two and a Half Man, revejo Friends e BH90210 (forever)... rsrsrs

E fica fria, um dia alguém inventa algo pra gnt mudar de canal piscando, aí não precisaremos soltar a criança e muito menos tirar a mão debaixo das cobertas no frio pra pegar o controle remoto rsrs

Marcelo disse...

Eu nem tenho tv a cabo, e pouco saco pra baixar, então só assisto mesmo Big Bang. How I met eu vi os 1os episodios e achei fraquinho, apesar de uns amigos me dizendo que depois o personagem do Barney cresce e fica mais legal. Enfim.

Eu sou muito de ver sempre os mesmos filmes, ler os mesmos livros, e assistir os mesmos episodios das mesmas series. Isso até me lembrou de umas coisas que escrevi no meu semi-abandonado blog, no qual até te citei, Flávia. Se alguém se interessar, a url é http://manlius.tumblr.com/page/5