quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O tempo perdido não volta. Porra.

Eu até que gosto de perder umas horas. Pode ser até na frente da TV assistindo qualquer genialidade criada, digamos, pelo canal E!. Sério mesmo: eu prefiro ver "Os 100 Corpos Mais Sarados de Hollywood" do que lidar com qualquer prestador de serviço. Porque isso sim é tempo perdido.

Você combina hora com o moço da tapeçaria que vem ver - quiçá reencapar - a poltrona que já está parecendo uma pintura abstrata, dado o número de manchas. Hora marcada: 18h. Hora que o interfone toca avisando a chegada do homem: 21h15. Amigo: às 21h15 eu não abro a porta nem pra minha mãe.

Aí a conta da internet vem astronômica. Ligo pra reclamar e a moça me garante que o valor é aquele mesmo. Eu tento dizer pra ela que nem se eu baixasse a discografia dos Beatles diariamente seria capaz de gastar aquele tanto. Ela debate por 40 minutos, é mal-criada, é ranheta, parece que perdeu a boa-vontade lá em 1998. Nada feito.

Aí o banco cobra R$ 5,45 por um talão de cheques que eu nem pedi, nem recebi. E pra convencê-los disso? Cinco ligações pra cinco moças diferentes que garantem não poder fazer nada (nem querer, aparentemente).

Aí o feijão estava mofado e o SAC não atende. Aí o chaveiro diz que vem, mas não vem. Aí outra tentativa pros sacanas da internet. Aí a gente se sente meio molestado enquanto cliente, né?

E eu fico pensando: pode ser uma companhia imensa com milhões de funcionários, uma companhia pública com milhares de encostados, uma lojinha armada no quintal... Não importa. É normal visar o lucro, mas é totalmente anormal visar um cliente satisfeito, feliz mesmo, que se sente amparado e confortável para indicar aquele serviço para outros, gerando, assim, os tais lucros.

E eu fico pensando mais ainda: se eu administrasse a minha casa como essa turma administra seus negócios, teríamos a qualidade de vida do canal E!.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eh ai que concordo com a Maite Proenca, que chama parcela do trabalhador brasileiro de INCOMPETENTE BRASILEIRO. Ha anos a frase: o cliente tem a razao foi pro lixo. No Dia aqui ao lado virou moda nao ter saquinho plastico. Sou a favor de cada um ter sua sacola eco-frendly ou usar a mochila para levar as compras, como faco. Mas obrigar senhorinhas de 60, 70 anos a levar suas compras em saquinhos de colocar frutas e legumes, sem um sinal de alca eh absurdo. To enrolando para fazer a ligacao para minha querida operadora de celular para entender porque o valor do meu plano aumentou... Esse tipo de situacao me faz ter preguica de viver neste mundo moderno.

Nanael Soubaim disse...

Prestador de serviços geralmente não presta.

Lady Sith disse...

Eu tenho uma birra absurda com prestadores de serviço que vão até a sua casa. Este mês trocamos o piso do apartamento. Eles marcaram um dia para entregar os pisos e outro para colocar (porque aparentemente não dá para trazer os pisos e colocá-los no mesmo dia). Marcaram dia mesmo, a partir das 8:00 e não hora porque somos todos desocupados e podemos ficar em casa o dia inteiro esperando pelos valorosos rapazes do piso.

Resultado: no dia da entrega já foram chegar às 16:30. No dia marcado para colocar eles simplesmente não vieram. Estava aquela casa toda desmontada como se tivesse sido atingida por um furacão e não vieram. E ainda tive que ouvir que isso é normal, quando o cliente não arruma a casa eles aparecem, quando arruma não dá pra ir. Cliente é tudo palhaço mesmo.